quinta-feira, 29 de abril de 2010

A Economia de Sorocaba

Características Gerais

Sorocaba é uma cidade com mais de três séculos e meio, vocacionada ao desenvolvimento sustentável.

É uma das 50 maiores cidades brasileiras e situa-se no Estado que concentra metade do PIB nacional.

Possui cerca de 1.700 indústrias, 15.300 pontos de comércio, 9.900 prestadores de serviços nos mais diversos setores e negócios e, ainda, 25.000 trabalhadores autônomos.

É a 8ª cidade brasileira com maior potencial de consumo.

Figura na lista das 30 cidades que mais geram empregos no Brasil.

Está próxima de grandes aeroportos do Estado e possui aeroporto executivo.

Situa-se entre as principais rodovias paulistas, conta com ferrovia e até mesmo hidrovias e porto marítimo em sua região. Abriga o porto seco, que facilita a importação e exportação para a indústria e o comércio. É saída para o Mercosul.

Com planejamento estratégico, estimula a geração de empregos em harmonia com a qualidade de vida. Nos últimos 5 anos, atraiu mais de US$ 3 bilhões em investimentos empresariais.

Aparece como a 4ª maior cidade paulista a receber novos investimentos e é uma das maiores do país.

Lidera uma região que recebeu cerca de 5% dos investimentos no Estado de São Paulo.

Possui o 9º colégio eleitoral do Estado de São Paulo, contando com 383.564 eleitores.

98,4% da população sorocabana reside na área urbana, uma das mais altas taxas de urbanização do país, com crescimento médio de 3,47% ao ano.

Códigos disciplinam a ocupação e o uso do solo sorocabano para não comprometer a qualidade de vida, a fim de que a modernização constante tenha a infra-estrutura urbana acompanhando o fluxo populacional.

A densidade demográfica de Sorocaba nas últimas décadas passou de 609 para 1.211 habitantes/km2.

Conforme a Revista Exame, baseado em estudo que encomendou à Trevisan Consultoria, Sorocaba é uma das melhores cidades brasileiras para se viver. O município reúne os atributos técnicos considerados essenciais por executivos e diretores de empresas para garantir a qualidade de vida.

Os serviços médicos-hospitalares são os mais diversificados possíveis, com especialistas em todas as áreas.

A renda familiar mensal média em Sorocaba é de R$ 2.247,00.

Sorocaba representa um total de 26.900 empresas, das quais 57% encontram-se no setor de comércio e 37% no setor de serviços.

Sorocaba apresenta um IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) acima de 0,80.

Setor Primário

AGRICULTURA/ PECUÁRIA/ EXTRATIVISMO VEGETAL E SILVICULTURA

TIPOS DE ATIVIDADES

No município de Sorocaba – SP, temos diversos tipos de atividades agropecuárias. São elas:

  • AGRICULTURA: feijão, milho, laranja, café, abacate, cacau (em amêndoa) azeitona, banana, tangerina, sisal, pimenta-do-reino, pêra, pêssego, caqui, figo, chá da índia, tungue, coco da baía, uva, soja, erva-mate, goiaba, guaraná, limão, maça, mamão, manga, maracujá, marmelo, noz, cevada, arroz em casca, aveia e trigo;

  • PECUÁRIA: bovinos, bubalinos, equinos, asininos, muares, caprinos, ovinos, suínos, aves, galo, galinha, codornas, coelhos, vacas ordenhadas, mel de abelha, lã, leite, casulos do bicho da seda e pesca;

  • EXTRATIVISMO/ SILVICULTURA: borracha, óleo de dendê, castanha de caju, palmito, urucum, tungue, castanha do pará, pinhão, carnaúba, buriti, mangabá. açaí, umbu, aromáticos, piaçava, maçaranduba, carvão vegetal, lenha, pequi, tucum, pinheiro brasileiro nativo, angico, barbatimão, madeira para papel e celulose, eucalipto, resina, babaçu, copaíba, licuri, oiticica, copaíba, cumaru e sorva .

LAVOURA TEMPORÁRIA

  • Abacaxi, algodão herbáceo, alho, amendoim, aveia, batata doce, batata inglesa, cana-de açúcar; cebola, centeio, ervilha, fava, fumo, jutá, malva, linho, mamona, mandioca, melancia, melão, rami, tomate e triticale.

VÍNCULOS EMPREGATÍCIOS

Segundo a Fundação de Desenvolvimento e Inovação de Sorocaba, em 2007, o números de empregados no setor agropecuário em Sorocaba era de 374 pessoas. Na região administrativa, eram 55.312 pessoas.

CARACTERIZAÇÃO DAS PROPRIEDADADES

Dados gerais das unidades locais por faixas de pessoal ocupado total, segundo seção da classificação de atividades:

AGRICULTURA/ PECUÁRIA/ SILVICULTURA/ PESCA E EXTRATIVISMO

  • Número de unidades locais (Unidade): 23.346

  • Pessoal ocupado (Pessoas): 160.905

CONDIÇÃO LEGAL DAS TERRAS

Todas as terras do município de Sorocaba estão em condições legais e de acordo com as normas do INCRA.

CARACTERIZAÇÃO DA PRODUÇÃO

O SETOR PRIMÁRIO E A OCUPAÇÃO DO TERRITÓRIO SOROCABANO

A estruturação da região de Sorocaba, onde está inserida a unidade geográfica em análise, apresenta características oriundas dos primórdios da ocupação de seu território.

As cidades e regiões ao redor de Tatuí e Sorocaba (fora da bacia em estudo) e Itapetininga participaram ativamente do ciclo da cana no século XVII.

A região - Sorocaba em especial - começou a desenvolver as indústrias de couro, artefatos de metais e tecidos. Em seguida, no processo de avanço do café para o centro-oeste, a região teve, sobretudo, Itu e Sorocaba se consolidando como centros provisórios, proporcionando futuramente a instalação de indústrias tradicionais, permanecendo Itapetininga e Capão Bonito como lugares de passagem para o sul.

Ao final dos anos 20, a pecuária regional perdeu sua posição de destaque estadual e a área cultivada na região era inexpressiva. Ainda nessa década era expressivo o setor agro-industrial comandado pelo beneficiamento do algodão, seguido, em menor escala, pelo açúcar e álcool. Logo abaixo do algodão, seguiam os laticínios e frigoríficos, pois a região contava com 12% do rebanho leiteiro e de cortes.

Após a crise cafeeira de 1930, as manchas de café das sub-regiões de Sorocaba, Tatuí e Itapetininga cederam lugar à cana e ao algodão. Na mesma época, nas sub-regiões de Itapeva e Capão Bonito instalam-se a extração mineral e algumas culturas alimentares como o trigo e o reflorestamento. Essas duas atividades contribuíram para um processo de absorção e fixação de contingentes populacionais. A própria sub-região de Sorocaba absorveu parcelas significativas dos migrantes rurais em sua indústria já então bastante diversificada e nas atividades extrativas de seu subsolo.

Em 1940, apesar do ritmo de crescimento industrial, a região de Sorocaba foi superada pela de Campinas, melhor integrada às transformações urbanas e industriais da década de 30.

Assim, na década de 30, a economia sorocabana, que havia recebido impactos bastante reduzidos do recém-findo ciclo cafeeiro, viu perder as oportunidades de suas regiões de expansão algodoeira; por outro lado, limitada pelas condições do solo e topografia, tirava proveito da expansão da cana-de-açúcar, ou das culturas intercalares do café e outras que o substituíram. As características agrícolas, existentes desde os anos 30, diversificaram-se em produtos alimentares e de menor valor de produção, economicamente menos dinâmicos e com poucos desdobramentos industriais. Entre os primeiros destacam-se o feijão, a cebola, a batata e o arroz; entre os desdobramentos industriais, têm-se o milho, o tomate e a uva.

O segmento dedicado ao gado de corte e leiteiro integrou-se ao processo de transformação industrial (laticínios notadamente, mas o seu tradicional plantel de asininos e muares foi decrescendo rapidamente, e em 1960 deixou de ocupar a liderança no Estado, passando ao 3º lugar).

Quanto à destacada liderança industrial, agropecuária e à fixação de população no início do século, a região de Sorocaba adentrou os anos 70 ocupando quinta, sexta e quarta posições respectivamente, entre as regiões administrativas do Estado. No entanto, apesar desse quadro geral, a agricultura regional nos anos 60 revigorou-se expressivamente, aumentando sua contribuição agrícola no Estado de 7,3% em 1949/1951, para 10,4% em 1969/1971.

A agricultura regional no final dos anos 60 e início da década de 70 passa a suprir parcelas crescentes da produção paulista de alimentos pelo aumento de produtividade de várias de suas culturas, beneficiando-se dos preços em elevação. A agricultura regional registrou, nos anos 80, dinamismo inferior à década anterior, sem contudo reduzir o processo de transformação iniciado na área rural.

A MODERNIZAÇÃO NO SETOR PRIMÁRIO

A introdução da irrigação e a ampliação do uso de tratore na região de Sorocaba permitiram ganhos de produtividade que de alguma maneira e em alguns casos compensaram a perda quantitativa da área de produção.

A região começou, então, a receber investimentos oriundos do exterior e da metrópole que propiciaram estímulos à modernização tecnológica dos vários setores. Porém, ainda encontramos técnicas rudimentares como tratores, enxadas, etc.

CONTRIBUIÇÃO DO PIB MUNICIPAL

A agropecuária é responsável por 14,59% do PIB municipal (2003). Isso faz dessa região a segunda mais importante na agropecuária do Estado, atrás apenas da região de Campinas.

VALOR ANUAL PRODUZIDO PELA AGRICULTURA/PECUÁRIA E EXTRATIVISMO VEGETAL

Segundo o censo de 2003 realizado pela Fundação SEADE, o setor da agropecuária produz em torno de 7.472,89 (em milhões de reais).

Setor Secundário

INDUSTRIA E CONSTRUÇÃO CIVIL

INDUSTRIA

NÚMERO DE INDÚSTRIAS

Existe (em 2006) em Sorocaba cerca de 1.700 indústrias instaladas.

TIPOS DE INDÚSTRIA

A indústria compreende desde o tradicional setor de fiação e tecelagem até o de componentes aeronáuticos. Nos últimos anos, novas empresas, de diversos gêneros industriais, sobretudo os intensivos em capital, instalaram-se na região, atraindo diversas cadeias de fornecedores. A estrutura industrial da região é diferente da do restante do Estado, pela pequena presença dos principais complexos agroindustriais, embora as atividades de reflorestamento impliquem existência de um importante parque da indústria madeireira. Novos setores industriais têm se instalado na região, como o de material de transportes e o químico, e os setores tradicionais dão lugar aos ramos mais complexos.

VÍNCULOS EMPREGATÍCIOS

Segundo a Fundação de Desenvolvimento e Inovação de Sorocaba, em 2007, o números de empregados no setor industrial em Sorocaba eram de 32.096 pessoas. Na região administrativa, eram 112.693 pessoas.

VALOR ANUAL PRODUZIDO PELA INDUSTRIA

O setor industrial é responsável por produzir 4.291,88 (em milhões de reais) - Segundo o censo de 2003 realizado pela Fundação SEADE.

SOROCABA E O PROCESSO DE INDUSTRIALIZAÇÃO

A região - Sorocaba em especial - começou a desenvolver as indústrias de couro, artefatos de metais e tecidos.

Em 1940, apesar do ritmo de crescimento industrial, a região de Sorocaba foi superada pela de Campinas, melhor integrada às transformações urbanas e industriais da década de 30.

A indústria sorocabana cresceu acompanhando a expansão do setor no Brasil e em São Paulo, nas décadas de 40, 50 e 60. Contudo o fez com taxas menores que a média estadual.

Assim, no período entre 1940 e 1960, o crescimento econômico e urbano de Sorocaba e região foi positivo, porém com menor intensidade que o das outras regiões interioranas A região de Sorocaba, maior pólo industrial do interior paulista em termos de valor de produção, cedeu espaço para Campinas, em 1940, para Campinas e Ribeirão Preto, em 1950, e para Campinas, Ribeirão Preto e litoral, em 1956.

A partir de meados da década de 50, sob a égide do desenvolvimento e até o final dos anos 70, sob influência da nova dinâmica do período do "milagre econômico", a economia regional se diversifica amplamente. A indústria regional passa a produzir bens intermediários, de capital e de consumo duráveis e intensifica-se a participação de grupos locais na exploração mineral.

A região começou, então, a receber investimentos oriundos do exterior e da metrópole que propiciaram estímulos à modernização tecnológica das indústrias existentes.

A região em geral, mas principalmente a sub-região de Sorocaba, transformou-se em pólo de atração de população, com a contínua desconcentração industrial e as novas atividades extrativas na sub-região de Capão Bonito.

A indústria da região apresentou expansão superior à média do Estado e próxima às regiões de Campinas (2.6% a.a.) e do Vale do Paraíba, contudo bem inferiores às das regiões mais distantes da capital como Araçatuba (8.3% a.a.), São José do Rio Preto (6.7% a.a.) e Ribeirão Preto (5,1% a.a.).

No interior mais longínquo, a integração agro-industrial comandou o crescimento econômico, enquanto no entorno metropolitano (onde inclui-se Sorocaba) a industrialização foi marcada pela produção de bens intermediários, bens de capital e bens de consumo duráveis. Assim, a expansão industrial na região se deu nos mesmos moldes dos anos 70; apesar de contar com menos estímulos fiscais federais e estaduais, o processo de desconcentração industrial prosseguiu. A permanência de investimentos e melhorias na malha rodoviária regional não produziam o mesmo efeito de atração dos anos 70. O processo de descentralização e interiorização do desenvolvimento adquiriu força própria, devido, em parte, ao esgotamento das condições de rentabilidade do capital industrial na área metropolitana e, em parte, pela energia interna adquirida pelos processos industriais no interior do Estado.

Atualmente, suas indústrias exportam para mais de 115 países gerando impostos da ordem de 370 milhões de dólares por ano. Localizada num região privilegiada, próxima a vias de acesso rodoviário e hidroviário que a ligam aos grandes centros de consumo e levam na direção dos demais países do Mercosul (Argentina, Uruguai e Paraguai), Sorocaba oferece atrativo adicional às empresas: uma estrutura de qualificação de mão-de-obra que cobre com qualidade o nível operacional.

ARRECADAÇÃO DE IMPÓSTOS MUNICIPAIS VIA INDUSTRIA

Suas indústrias exportam para mais de 115 países gerando impostos da ordem de 370 milhões de dólares por ano.

CONTRIBUIÇÃO DO PIB MUNICIPAL (PER CAPITA)

Em 2006, a contribuição do PIB (per capita) era de 16.254

EMPRESAS NACIONAIS E MULTINACIONAIS

Após vários investimentos aportarem nos últimos anos, a região de Sorocaba vem registrando nova tendência: diversas multinacionais escolheram a cidade para instalar suas sedes corporativas. Entre os 23 maiores grupos internacionais instalados, nove já dirigem seus negócios no País a partir de Sorocaba. Entre eles, estão o grupo alemão ZF, da área de transmissão para veículos agrícolas; o sueco Svedala, líder mundial na produção de equipamentos para mineração; a Luk do Brasil Embreagens, subsidiária do grupo alemão Shaeffer; a Pirelli cabos; a norte-americana Flextronics, quarta maior montadora mundial em telecomunicações; e a Case do Brasil, do setor de máquinas agrícolas e de construção.

A maioria desses grupos foram atraídos pela localização estratégica (Sorocaba está a 90 quilômetros do aeroporto de Cumbica, 80 do aeroporto de Viracopos, em Campinas, 150 do porto de Santos e 80 do porto fluvial de Piracicaba), infra-estrutura, sobretudo estrutura viária, rede hoteleira, restaurantes, hospitais adequados às necessidades empresariais, duas faculdades e qualidade de vida proporcionada pela região.

Completa a infra-estrutura o gás natural que será oferecido pela recém criada Gás Natural Brasil, que venceu a concessão da área sul do Estado de São Paulo, pagando ágio de 461,89%, o que atesta o potencial previsto para a região, que deverá ter também uma termelétrica instalada nos próximos anos.

Sorocaba faz parte do arco de expansão do trecho oeste do Rodoanel, que tem no eixo da rodovia Castelo Branco , que está sendo ampliada no seu ponto mais crítico (região de Barueri), e na modernização da rodovia Raposo Tavares a principal rota de integração com a capital paulista. Some-se a isso o fato dessa região estar na rota da indústria automobilística que vai de Belo Horizonte (MG), passando por Campinas, Indaiatuba, Itu, Sorocaba, Tatuí, Itapetininga (SP), chegando ao pólo de Curitiba (PR).

Os principais pólos industriais regionais incluem as áreas de eletrônica fina, indústria de ferramentas - primeira na América Latina -, produção de fibra óptica, fabricação de válvulas industriais - a maior produtora mundial - e equipamentos para tratamentos de resíduos industriais. Também o setor aeronáutico está em ascensão. A gigante mundial em manutenção de turbinas de avião, Pratt & Whitney, anunciou recentemente a construção de um centro de serviços para atender toda a América Latina, um projeto de US$ 15,5 milhões. A Plane State Aircraft, fabricante de pequenos aviões, que está investindo US$ 3 milhões, e a Flyer, que produz simuladores de vôo, também estão aportando na região.

Por conta disso, o aeroporto de Sorocaba (que possui o maior parque de manutenção do País), terceiro no País em pousos e decolagens, está recebendo investimentos para sua ampliação e modernização, que inclui aumento da pista principal e a construção de uma pista secundária para taxiamento. Reformas que visam torná-lo apto a receber jatos.

A região de Sorocaba, porém, carece de investimentos na infra-estrutura de serviços, entretenimento e centros intermodais. Até por conta disso, os negócios com logística estão em alta na região. Um exemplo vem da América Latina Logística, concessionária da malha sul da Rede Ferroviária Federal e de ferrovias na Argentina, que anunciou que fará, a partir de outubro, transporte de cargas via trem expresso bimodal entre São Paulo e Buenos Aires, na Argentina. As composições partirão do centro de distribuição, com 5,2 mil metros quadrados de área, que a empresa está construindo em Tatuí.

A participação de empresas japonesas no desenvolvimento econômico de Sorocaba vem desde a década de 70, quando aqui foram instaladas as primeiras unidades de multinacionais com matriz no Japão . As multinacionais japonesas em funcionamento na cidade demonstram que os laços afetivos e comerciais estão cada vez mais fortalecidos. Pelo menos três empresas japonesas anunciaram recentemente que vão continuar investindo nas suas unidades locais: YKK, Kyocera e Nipro do Brasil.

CONSTRUÇÃO CIVIL

CARACTERIZAÇÃO

As empresas de construção civil de Sorocaba estão entre as que mais contrataram empregados neste ano em todo o Estado de São Paulo. Segundo pesquisa divulgada ontem pelo Sinduscon (Sindicato da Construção), nos cinco primeiros meses houve aumento de 20,6% no total de empregos, com criação de 5.921 vagas.

O desempenho é superado apenas pela Capital (24,6%) e por Bauru (27,9%). O diretor regional do Sinduscon, Ronaldo de Oliveira Leme, disse que o aumento das contratações demonstra o aquecimento do mercado local, estimulado por obras públicas e novos empreendimentos imobiliários e industriais. “Desde o ano passado o setor vem apresentando crescimento e a perspectiva é de que permaneça em alta nem 2009”. O otimismo de Oliveira é justificado pelo anúncio da chegada de novas empresas.

VÍNCULOS EMPREGATÍCIOS

Segundo a Fundação de Desenvolvimento e Inovação de Sorocaba, em 2007, o números de empregados no setor da construção civil em Sorocaba era de 8.410 pessoas. Na região administrativa, eram 18.449 pessoas.

EMPREENDIMENTOS

Sorocaba desponta hoje como um dos principais pólos de desenvolvimento do país. A conseqüência natural desta conjuntura é o crescente número de empreendimentos imobiliários em todas as suas regiões. Com mais de 10 construtores espalhadas por toda Sorocaba.

Setor Terciário

COMÉRCIO / TRANSPORTE E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOES EM GERAL

COMÉRCIO

NÚMEROS DE ESTABELECIMENTOS

Sorocaba possui 15.300 pontos de comércio.

TIPOS DE SEGMENTOS

Andaime

Ar-Condicionado

Arte em Concreto

Artigos Esportivos

Auto-Peças

Bebidas

Beleza e Saúde

Bicicletas

Brindes

Brinquedos e Presentes

Cama, Mesa e Banho

Carimbos

Churrasqueiras, Lareiras, Fornos e Fogões à Lenha

Cine, Foto e Som

Coifas, fornos e cooktops

Cosméticos

Eletro-Eletrônicos

Eletrodomésticos

Eletroportáteis

Equipamentos para Construção

Esporte e Lazer

Esquadrias de Alumínio

Esquadrias Metálicas

Estofados

Feiras Livres

Ferragens

Ferro-velho

FIltros e Purificadores de Água

Floricultura

Fotografias

Games

Iluminação

Informática

Instrumentos Musicais

Loja de Conveniência

Móveis

Móveis Para Escritório

Materiais Elétricos

Mercado Municipal

Moto Peças

Padarias e Confeitarias

Pisos

Pré-Moldados

Produtos Naturais

Shopping Center

Sobras Industriais

Sucatas

Supermercados e Hipermercados

Telefonia

Telhas e Tijolos

Utilidades Domésticas

VÍNCULOS EMPREGATÍCIOS

Segundo a Fundação de Desenvolvimento e Inovação de Sorocaba, em 2007, o números de empregados no setor industrial em Sorocaba eram de 50.011 pessoas. Na região administrativa, eram 185.708 pessoas.

SERVIÇOS EM GERAL

VÍNCULOS EMPREGATÍCIOS

Segundo a Fundação de Desenvolvimento e Inovação de Sorocaba, em 2007, o números de empregados no setor industrial em Sorocaba eram de 53.485 pessoas. Na região administrativa, eram 204.417 pessoas.

NÚMEROS DE ESTABELECIMENTOS

Sorocaba possui 9,9 mil empresas do setor de serviços.

VALOR ANUAL PRODUZIDO PELO SETOR DE SERVIÇOS

O setor de serviços é responsável por produzir 2.577,71 (em milhões de reais) - Segundo o censo de 2003 realizado pela Fundação SEADE.

TIPOS DE SEGMENTOS

Ônibus Urbano e Rodoviário

Administração de Condomínios

Agências de Comunicação, Propaganda e Marketing

Agências de Emprego

Análise, Gestão e Proteção de Crédito

Arte Final

Assessoria e Consultoria

Auto-Escola

Automóveis - Auto Center e Oficinas Mecânicas

Automóveis - Conversão para Álcool

Automóveis - Conversão para Gás Natural Veicular

Automóveis - Pneus, Baterias e Acessórios

Automóveis - Rastreadores e Bloqueadores

Bancos

Biomassa e Bioenergia

Casa da Agricultura

Casas de Câmbio

Comunicação Visual

Construtoras

Contabilidade

Decoração

Despachante Policial

Engenharia

Engenharia Industrial

Estágios

Festas e Eventos

Fotografias

Funerárias

Gráficas

Haras e Equitação

Imobiliárias

Informática

Injeção Eletrônica Diesel

Jornais

Limpeza Residencial e Industrial

Manutenção Industrial

Marcenaria

Monitoramento CFTV via Internet

Montagem Industrial

Moto-Boy

Mudanças

Paisagismo

Pintura

Projeto e Instalação Elétrica

Rádios

Representação

Retífica de Motores

Revestimento de Pisos e Paredes

Salão de Beleza

Salão de Festas

Segurança e Medicina do Trabalho

Seguros

Serigrafia

Serralherias

Sindicatos

Sistemas de Segurança

Som e Iluminação

Tatto e Body Piercing

Telecomunicações - Operadoras

Televisão

Terceirização

Terceirização de Serviços

Transporte Aéreo

Treinamentos

Vidraçarias

TRANSPORTE

CARACTERIZAÇÃO

Aeroporto

O Aeroporto de Sorocaba é um dos mais movimentados do estado em termos de pousos e decolagens. Atualmente, não há nenhum vôo comercial operando no aeródromo, mas durante alguns anos a TAM e a Oceanair operaram a rota Sorocaba - São Paulo (Congonhas), com aeronaves Fokker 50 e Embraer EMB-120 Brasília.

Rodovias

  • SP-75 - Rod. Santos Dumont (Sorocaba - Campinas)

  • SP-79 - Rod. Waldomiro Correa de Camargo (Sorocaba - Itu), Rod. Raimundo Antunes Soares (Sorocaba - Piedade)

  • SP-97 - Rod. Emerenciano Prestes de Barros (Sorocaba - Porto Feliz)

  • SP-264 - Rod. João Leme dos Santos (Sorocaba - Salto de Pirapora)

  • SP-270 - Rod. Raposo Tavares (Sorocaba - São Paulo, Sorocaba - Presidente Prudente)

  • SP-280 - Rod. Castelo Branco (Sorocaba - São Paulo, Sorocaba - Ourinhos e Norte do Paraná)

  • SP-354- Rod. Sorocaba - Iperó

Transporte urbano

Atualmente, o sistema de transporte coletivo de Sorocaba é constituído por 95 linhas de ônibus, sendo 86 radiais (ligando os bairros aos terminais centrais), 4 centrais e 5 interbairros (que fazem a ligação entre os bairros periféricos sem passar pelos terminais centrais). Duas empresas operam o sistema: a Sorocaba Transportes Urbanos (STU) e a Transportes Coletivos de Sorocaba (TCS); ambas possuem uma frota aproximada de 333 veículos, entre convencionais, microônibus, padron e articulados.

Sorocaba possui dois terminais urbanos de ônibus: São Paulo e Santo Antônio, ambos localizados no centro da cidade; neles, é possível fazer a baldeação de linhas sem precisar pagar nova tarifa.

Já o transporte suburbano é operado por quatro empresas de ônibus: Auto Ônibus São João (para Votorantim e Porto Feliz), Pontur Transportes e Turismo (para Alumínio, Mairinque, São Roque, Itu e Salto), Breda Sorocaba (para Salto de Pirapora e Boituva) e Auto Ônibus São Jorge (para Araçoiaba da Serra, Iperó e bairro do Cerrado). Todas as linhas suburbanas partem da rodoviária de Sorocaba (localizada no centro geográfico da cidade), com exceção das linhas para Votorantim (com ponto final ao lado do Terminal Urbano São Paulo).



sábado, 17 de abril de 2010

A HISTÓRIA DO MUNICÍPIO DE SOROCABA

A região do rio de Sorocaba foi povoada inicialmente pelos Tupiniquins. Conta-se que, antes do descobrimento do Brasil pelos portugueses, passava pelas atuais ruas de Sorocaba o "Peabiru" (o caminho indígena transulamericano), um caminho utilizado pelos silvícolas e, bem mais tarde, pelos Bandeirantes e Missionários, em demanda do Sul e Oeste, com ramos que também se dirigiam ao litoral. Por volta de 1589, Afonso Sardinha, "O Velho", seu filho homônimo conhecido como "O Moço" e o técnico em Mina, Clemente Álvares estiveram no morro Araçoiaba à procura de ouro. Encontrando minério de ferro, imediatamente comunicaram ao Governador Geral o achado. Em 1599, aqui esteve o Governador D. Francisco de Souza, levantando um Pelourinho, símbolo do poder real, na nova Vila de Nossa Senhora de Monte Serrat e mandando mineiros explorarem os córregos, rios e montanhas da redondeza, em busca de ouro.

Nada encontrando, após seis meses, D. Francisco retirou-se, tendo início à decadência da Vila, que acabou por se mudar, por ordem do mesmo Governador, em 1611, para Itavuvu, ficando sob a invocação de São Felipe, em homenagem ao rei da Espanha. Também esta povoação teve vida efêmera. Os paulistanos percorriam os ramais do Peabiru à caça de índios para escravizá-los. Entre os "caçadores", estava o Capitão Baltazar Fernandes (O Rebelde), que ganhou esta região em forma de sesmaria. Em 1654, Baltazar Fernandes e seu genro, o Capitão André de Zunéga Y Leon (O Forasteiro), a mando da Camarilla do Rio de Janeiro mudaram-se para a região. Em data não registrada, Baltazar Fernandes e sua família, mais os escravos índios, chegaram à região para o seu povoamento e posse. O primeiro documento oficial de que se tem notícia é o testamento de Isabel de Proença, segunda esposa de Baltazar Fernandes, de 28 de novembro de 1654, quando aparece pela primeira vez o nome da "Fazenda de Sorocaba". O pesquisador Rogich Vieira acredita fielmente que o povoamento deu-se logo após a frustrada aclamação de Amador Bueno, como "Rei de São Paulo", em abril de 1641.

Em 21 de abril de 1660, Baltazar Fernandes garantiu a fundação doando aos Monges de São Bento, de sua Parnaíba, a capela de Nossa Senhora da Ponte e outros bens.Já tendo construído a Igreja de Nossa Senhora da Ponte, atual Igreja de Sant'Ana, do Mosteiro de São Bento e sua casa de moradia, no Lajeado, Baltazar Fernandes garantiu a fundação do novo povoado, doando aos Monges de São Bento, de Parnaíba, muitas glebas de terra, a capela de Nossa Senhora da Ponte e outros bens, com a condição de que construíssem o convento e mantivessem escola para quem desejasse dedicar-se aos estudos

Isso atraiu para a nova paragem muitos moradores espalhados pela região, auxiliando o povoamento e motivando a vinda de novos habitantes para a localidade. O povoado recebeu o nome de Sorocaba, denominação que tem sua origem no Tupi-guarani, que significa terra (aba) rasgada (çoro). A exemplo de seus irmãos, Baltazar Fernandes viu sua "fazenda" crescer e com isso, a necessidade de dar-lhe vida pelo Direito. Assim, em 1661, Baltazar Fernandes aproveitou-se da presença do Governador Salvador Corrêa de Sã e Benevides em São Paulo e, através de um requerimento datado de 2 de março em que provava a existência na região de TRINTA FOGOS, como eram chamadas as famílias aqui estabelecidas, conseguiu o despacho no dia seguinte, permitindo que sua "fazenda" fosse elevada à categoria de Vila. O despacho também permitia a transferência simbólica do pelourinho da decadente Vila de São Felipe, no Itavuvu, para o seu local atual, com o nome de Vila de Nossa Senhora da Ponte de Sorocaba. Também no mesmo dia 3 de março a primeira Câmara Municipal foi nomeada.

Bandeirantes

Como o Capitão Baltazar Fernandes e o Capitão André de Zunéga Y Leon, os primeiros moradores da Vila de Sorocaba, eram Bandeirantes que buscavam ouro, apresavam indígenas e ampliavam as fronteiras do País.
Assim é que Paschoal Moreira Cabral, os irmãos Antunes Maciel, os Sutil de Oliveira, os Almeida Falcão e muitos outros desbravaram primeiramente o sul do Brasil; mais tarde aprofundaram-se para o sul do Mato Grosso, Campos de Vacaria, onde montaram um entreposto para comerciar com os espanhóis, ponto de partida para explorações por toda a extensão das selvas amazônicas.

Em 1715, Paschoal Moreira Cabral parte com uma grande Bandeira para o Mato Grosso, descobrindo ouro no rio Coxopó, afluente do rio Cuiabá, em 8 de abril de 1719. Lá, fundou o Arraial de Nossa Senhora do Coxopó, que foi mudado em 1722 para a atual localização de Cuiabá, após Miguel Sutil de Oliveira ter encontrado quantidades imensas de ouro nas próprias ruas daquele arraial. Com isso, sorocabanos desbravaram para o Brasil um dos seus mais ricos Estados.

Tropeirismo

Em 1733, passa por Sorocaba a primeira tropa de muares, conduzida por Coronel Cristóvão Pereira de Abreu, fundador do Rio Grande do Sul, inaugurando um novo ciclo histórico - o do Tropeirismo. Com o passar dos anos e o acréscimo do número das tropas, Sorocaba tornou-se sede das Feiras de Muares, reunindo-se aqui brasileiros de todos os quadrantes, a venderem ou comprarem animais e, ao mesmo tempo, ajudando a disseminação cultural dos vários rincões pátrios. A cidade, por força de sua situação geográfica privilegiada, transformou-se no eixo geo-econômico entre as regiões norte e sul do Brasil. O norte empenhava-se na mineração e na exploração das imensas reservas florestais; o sul, na produção de animais de carga e de corte, um completando o outro.

A grande densidade demográfica, transitória da época das Feiras de Muares, e principalmente o afluxo de gente endinheirada, ajudou o desenvolvimento do comércio e da indústria caseira, ficando famosos no Brasil as facas e facões sorocabanos, e também as redes aqui tecidas. Também eram muito apreciados os doces e as peças de couro para montaria, havendo inúmeros ourives que se dedicavam exclusivamente a fabricar enfeites em ouro e prata para selas e arreios, estribos, cabos de chicotes e facas.
As importâncias arrecadadas no Registro de Animais eram tão expressivas que o emprego mais cobiçado existente era justamente o de Diretor do Registro, por onde passavam homens ilustres, como o próprio Brigadeiro Raphael Tobias de Aguiar. Com o desenvolvimento das Feiras e conseqüente crescimento da mão-de-obra especializada das indústrias caseiras, apareceram, logo em 1852, as primeiras tentativas fabris: a do algodão, de Manoel Lopes de Oliveira e a de seda, em teares fabricados pelo próprio pioneiro, Francisco de Paula Oliveira e Abreu.

Ambas não passaram de ensaios, porquanto a de seda pereceu por falta de apoio financeiro e a de algodão, por causa da Guerra de Secessão Americana, que privou as fábricas de tecidos ingleses da matéria-prima indispensável, elevando os preços a tal ponto que era mais vantajoso exportar o algodão para a Inglaterra a tecê-lo aqui. Com isso, pioneiramente, no Brasil, Sorocaba plantou algodão herbáceo em substituição ao arbóreo, em grande quantidade, enviando-o em lombo de burro até Santos, de onde seguiu para a Inglaterra

Estrada de Ferro Sorocabana

As primeiras sementes de algodão foram plantadas na cidade em 1856, desenvolvendo-se grandemente. Luiz Matheus Maylasky, o maior comprador de algodão da zona, em 1868, resolveu fundar uma fábrica de tecidos em Sorocaba. Transposto o maquinário à cidade, construiu um vasto barracão para estabelecer sua fábrica, cujo prédio serviu mais tarde, para as oficinas da locomoção da "Sorocabana". Já em 1869, surgiu a idéia dos Ituanos de construírem uma via férrea ligando Jundiaí a Itu.

Face ao alto custo do empreendimento, capitalistas sorocabanos foram convidados para entrarem como acionistas da "Companhia Ituana" que formara-se para construir a linha. Maylasky se pôs à frente, convidando as pessoas de relevância da cidade para o levantamento do capital necessário. Porém, era de interesse dos sorocabanos de que esta linha não fosse só até Itu e sim, que se estendesse até Sorocaba para que também se beneficiasse da ligação férrea.

Consta que essa reunião - efetuada em 20 de janeiro de 1870 - e na qual a comissão sorocabana foi muito mal recebida, estimulou Maylasky a organizar e fundar em Sorocaba, em 1871, a "Companhia Sorocabana", com o objetivo de construir uma via férrea de Sorocaba a São Paulo, intento esse o que foi levado a bom termo ao fim de cinco anos. A 10 de julho de 1875 é inaugurada a Estrada de Ferro Sorocabana. Em recompensa pelos serviços prestados, Maylasky foi mais tarde agraciado por D. Pedro II, com o título de "Visconde de Sapucahy". Após quase dez anos de incansáveis lutas, retirou-se da Diretoria da Estrada em 1880.

Depois de muitas ampliações em suas linhas, em 1907 a ferrovia foi arrendada para a "The Sorocaba Railway Co.", empresa de capitais ingleses. Em 1918, passou à propriedade do Estado de São Paulo, até que um acordo permitiu sua incorporação à RFFSA e posteriormente a sua privatização. Porém, a Estrada de Ferro Sorocabana foi um dos fatores que mais colaboraram para o grande desenvolvimento industrial local, tornando-o no que é hoje: um dos maiores Parques Industriais do interior de São Paulo.

Esse crescimento industrial iniciou-se, principalmente, após o término da Guerra, quando os americanos principiaram novamente as plantações de algodão em quantidade suficiente para exportação, fazendo a matéria-prima brasileira menos procurada. Com a menor exportação e os preços aviltados, os sorocabanos endinheirados começaram novamente a pensar no aproveitamento local do algodão e assim Manoel José da Fonseca, em 2 de dezembro de 1882, inaugurou sua Fábrica de Tecidos Nossa Senhora da Ponte. Logo, em 1890, apareceram as Fábricas de Santa Rosália e Votorantim, e a seguir muitas outras, tornando Sorocaba uma cidade industrial. Já na década de 1860 houve uma fábrica de chapéus, do húngaro Antonio Rogich, que perdurou até 1932, quando encerrou sua produção.

Ferro e Metalurgia

A Real Fábrica de Ferro São João do Ipanema, atestado de pioneirismo metalúrgico de Sorocaba em toda a América Latina, após muitas tentativas desde a fundação da cidade, teve êxito total em 12 de novembro de 1818, quando o sueco Frederico Luiz Guilherme de Varnhagem (O Degenerado), fez correr dos altos fornos o metal fundente para três formas de três cruzes. Varnhagem viera em 1809 para cá, como auxiliar dos suecos, que já tentavam lograr êxito nessa área, sendo elevado a diretor da Fábrica em construção, por carta régia de 27 de setembro de 1814, cargo que ocupou por dez anos. A fábrica de Ipanema produziu grande quantidade de ferro, principalmente material bélico, durante a Guerra do Paraguai. Em 1852, graças à acumulação de capital proporcionada pelas Feiras de Muares, surgiram as primeiras fábricas de algodão e de seda.

Da mesma Real Fábrica do Ipanema saiu um dos maiores sorocabanos: o filho do diretor, ali nascido, Francisco Adolfo de Varnhagem, o Visconde de Porto Seguro, que passou à posteridade como "O Pai da História do Brasil.

Ensino

O ensino em nossa cidade vem dos primórdios da fundação, quando os Beneditinos tiveram sua escola de Canto Chão e Latim, em cumprimento às disposições contratuais da doação de Baltazar Fernandes, e que duraram até 1805, quando daqui se retirou o último professor da ordem de São Bento.

Com a vinda de D. João para o Brasil, logo em 1812, os sorocabanos pediram uma escola de primeiras letras, que finalmente foi concedida e instalada em 1815. Por essa escola passaram mestres como Jacinto Heleodoro de Vasconcelos, Gaspar Rodrigues Macedo, Francisco Luiz de Abreu Medeiros etc. Por volta de 1830 foi fundada a primeira escola feminina de primeiras letras e em 1845, a primeira cadeira de Latim e Francês que, na época, equivalia ao curso secundário, e teve como professor Francisco de Paula Xavier de Toledo. Dessas escolas secundárias criadas em diversas cidades, apenas Sorocaba conseguiu manter a sua, pelo número de alunos que a freqüentavam.

Aposentando-se, o professor Xavier de Toledo abriu nova escola rural, com internato para ambos os sexos, o Colégio do Lajeado, que se tornou famoso em todo o Estado e pelo qual passaram próceres da política e governança de São Paulo, como, por exemplo, Júlio Prestes de Albuquerque, Ubaldino do Amaral e outros.

Hoje, Sorocaba conta com três Universidades, UNISO, UNIP E PUC. Conta também com a FATEC - Faculdade de Tecnologia, de ensino gratuito e outras Faculdades particulares.

Conclusão

A Lei Provincial nº 5, de 5 de fevereiro de 1842, elevou Sorocaba à Categoria de Cidade, juntamente com Curitiba (que ainda pertencia a São Paulo) e a Vila de São Carlos, que passou a chamar-se Campinas. A Comarca foi criada em 30 de março de 1871, pela Lei Provincial nº 39.

Ciclos distintos marcaram o desenvolvimento da cidade fundada por Baltazar Fernandes. No primeiro ciclo, tivemos o Bandeirantismo, quando os sorocabanos alargaram as fronteiras pátrias para muito além do que previa o Tratado de Tordesilhas.

O segundo ciclo é o do Tropeirismo, marcado pelas famosas Feiras de Muares que transformavam a cidade numa verdadeira metrópole pela presença de brasileiros de todos os rincões que aqui realizavam grandes negócios. O Tropeiro, em suas viagens, propiciou que se criassem cidades em cada pouso e levou o nosso nome para todos os pontos da pátria. Também neste ciclo, observa-se o progresso da policultura e o pioneirismo do plantio do algodão.

Num outro ciclo, a indústria passa a ocupar lugar de destaque na economia sorocabana, justificando o cognome "Manchester Paulista". Mais tarde, verifica-se um quarto ciclo, o do ensino, que embora venha desde a fundação da cidade, apenas em meados do século passado começou a tomar impulso, chegando neste século a grande desenvolvimento. No momento Sorocaba conta com escolas de todos os níveis, em número avultado, proporcionando-nos um segundo cognome: "Cidade das Escolas e Indústrias".

Atualmente, como mais um ciclo que caracteriza sua história, Sorocaba representa um centro comercial em evolução. Ao lado de seu Parque Industrial bastante diversificado, de suas escolas lutando agora por sua Universidade, Sorocaba representa uma cidade em que há grande circulação de riquezas, sendo hoje a quarta cidade em crescimento de arrecadação do Estado.
O modesto conjunto de 'Trinta Fogos", que Salvador Corrêa fez que testemunhassem sua existência nos idos de 1661, transformou-se na grande cidade de hoje, com lugar de destaque tanto no Estado como no País.

O preço desse progresso é o desaparecimento de alguns costumes típicos que caracterizavam a cidade e o povo, principalmente no sentido folclórico, ganhando o povo e a cidade novos hábitos, costumes, e, também, características dos grandes centros urbanos. Mas há a preocupação constante de se preservar e aumentar a qualidade de vida dos sorocabanos, de nascimento ou de coração que aqui vivem.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Instituto Histórico, Geográfico e Genealógico de Sorocaba (IHGGS): http://www.ihggs.org.br

Câmara Municipal de Sorocaba: http://camarasorocaba.sp.gov.br